quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Nos caminhos do cinema

 





As técnicas da manipulação de Leni Riefenstahl




Em 1938, Leni Riefenstahl ganhou o Prêmio Mussolini no Festival de Veneza por "Olympia". Foi o único prêmio em festivais que ganhou na sua vida. "Olympia", realizado em duas partes – a "Festa dos Povos" e a "Festa da Beleza" – documentava os jogos olímpicos de 1936 na Alemanha, ou o delírio de Hitler pela supremacia dos jovens arianos que desfilavam em Berlim, cujo anticlímax ganharia notoriedade internacional com as vitórias de Jesse Owens. Em "Olympia", o grande vencedor era evidentemente o regime nazista. Para chegar a isso, Riefenstahl usaria as mesmas técnicas que quatro anos antes a haviam consagrado como a grande marqueteira audiovisual do Terceiro Reich, pela realização de "Triunto da Vontade", o célebre documentário sobre o 4º Congresso do Partido Nazista em Nuremberg. Para ler o texto de Nelson Hoineff clique aqui









"Crossing Delancey": amor à terceira vista




No princípio, era o la-di-da. O la-di-da de uma música romântica, ainda que desprovida de letra, e porque desprovida de letra com todo o espaço para ser habitada pela omnipresença quente própria dos melhores filmes sobre a cidade de Nova Iorque. Porque esses filmes têm as suas personagens próprias, mas não escapam (felizmente) a essa personagem feita de uma composição de cores, sons, cheiros, relações humanas, demasiado assoberbante para que possa ser ignorada – a(s) vida(s) que corre(m) nesta cidade. Para ler o texto de Daniela Rôla clique aqui








"O Ovo da Serpente", de Ingmar Bergman




As faces escapam, alternam-se. Um grupo de pessoas caminha sem rumo. As imagens em preto e branco surgem no início, pouco antes dos créditos, e retornam ao fim. Descobrimos que foram feitas por um cientista. Há um filme dentro de outro. O cientista registra experiências que envolvem seres humanos confinados à dor e sob o efeito de drogas; e reflete sobre o que esperar (ou não) dessas pessoas anônimas entre a multidão, povo apático, rendido, impossibilitado (ainda) de fazer algo na Alemanha de 1923. As considerações são dadas pelo cientista Hans (Heinz Bennent) em "O Ovo da Serpente", lançado em 1977. O encerramento do grande filme de Ingmar Bergman apoia-se nas palavras. Não há exatamente um grande evento dramático, ou uma face de dor, envolvendo as personagens. Não como vimos em tantos outros filmes do diretor sueco. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui


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