Desenterrando a esquecida história da escravatura em Lisboa
Apesar da importância da escravidão na formação de Portugal e do
seu império ultramarino, esta horrenda história da submissão “negra” é
completamente abafada na memória pública lisboeta. Em contraste ao
(recentemente criado e bem tardio) Museu da História e Cultura Afro-Americana
nos EUA ou ao Museu Afro-Brasileiro em São Paulo, Brasil, não há museus deste
género ou um memorial público de condenação tal como em Nantes, França. Mais
recentemente, apesar de tudo, um museu de escravatura foi criado no histórico
mercado negro “Mercado de Escravos” no sul de Portugal, no porto de Lagos, o
qual é considerado o primeiro local de troca comercial de escravos africanos na
Europa. No entanto, Lisboa permanece ainda largamente calada face ao seu legado
de terror branco e cativeiro negro. Para ler o texto de Yesenia Barragan clique aqui
"As festas de quintal, o fazer conversa, a beleza no dançar e no andar", entrevista a André Castro Soares
A kizomba veio nas bagagens dos africanos, que em finais dos anos
90 do século passado fizeram de Lisboa a cidade das suas vidas. A kizomba
parece ter vindo do ambiente das festas de quintal de Luanda e Angola, mas
claro que veio em jeito de passada de São Vicente ou da Praia, de Cabo Verde.
Ao juntarem-se nas discotecas africanas em Lisboa e nas festas africanas nas
universidades portuguesas a kizomba começa a entrar no léxico dançante das
pessoas que visitavam estes espaços. Muitas das discotecas latinas tinham
momentos de kizomba, o que também ajudou a levar o género um pouco à boleia da
salsa e da bachata da República Dominicana. Para ler a entrevista com André
Castro Soares clique aqui
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