quarta-feira, 22 de maio de 2013

Laranja Mecânica, a liberdade assistida da imaginação

O clássico ‘Laranja Mecânica’ (1971), dirigido por Stanley Kubrick, desvela desde o princípio um cenário escatológico. Em um bar alucinógeno, em meio ao qual simulacros de mulheres nuas fazem as vezes de mesas, o protagonista Alex – interpretado magistralmente por Malcolm McDowell – e seus três comparsas tomam leite mesclado a uma série de drogas sintéticas como preparação para a descarga de ultraviolência.
Londres fica premida entre as duas superpotências que regem o mundo durante a Guerra Fria. Não à toa, então, o inglês articulado pelas personagens recebe o aporte de palavras oriundas do russo. “Moloko” (leite), “devotchka” (garota), “glaz” (olho), “govorit’” (falar), “noje” (faca). A língua híbrida modula a atmosfera fílmica, como se a contraditória democracia dos Estados Unidos, democracia que faz os vietnamitas votar à base de napalm e bombas incendiárias, e a ditadura soviética, que convence os tchecos e húngaros sobre as vantagens do socialismo com tanques e AK-47, estivessem (oni)presentes entre os escombros da outrora capital da Revolução Industrial.
Para ler o texto completo de Flávio Ricardo Vassoler clique aqui

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