quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O existencialismo tropical do cineasta Marcelo Gomes

Fala fácil, jeito doce, alma de andarilho. O cineasta pernambucano Marcelo Gomes, 41 anos, parece feliz como nunca. Seu terceiro longa-metragem, “Era uma Vez Eu, Verônica”, e o segundo que realiza sozinho desde o bem-sucedido “Cinema, Aspirinas e Urubus” (2005), saiu do Festival de San Sebastián, na Espanha, com uma menção honrosa, e do Festival de Cinema de Brasília, em setembro, com seis troféus Candango, incluindo o de melhor filme.
Nesta entrevista exclusiva à Revista de CINEMA, Marcelo Gomes revela como chegou à opção de fazer um filme sob um foco feminino, o primeiro ambientado na sua cidade, Recife, sobre uma mulher esmorecida, uma médica que transfere para os cuidados do pai envelhecido, a sua única razão de viver. Uma mulher que vive um existencialismo tropical, como define o roteirista e diretor. Revela um pouco sobre o boom do cinema pernambucano, e os próximos projetos.
Havia um pouco de expectativa de como seria o seu próximo filme de ficção, após o super-premiado “Cinema, Aspirinas e Urubus”, que correu o mundo contando a história do encontro entre um homem interiorano e um imigrante em aventuras pelo sertão (o filme chegou a ser pré-indicado à disputa do Oscar Estrangeiro pelo MinC). Sua segunda experiência na direção foi um tipo de relato existencialista em um filme de viés documental, “Viajo porque Preciso, Volto porque te Amo” (2009), codirigido com o cearense Karim Aïnouz. Os próximos filmes já estão em andamento, numa parceria com o mineiro Cao Guimarães; um filme inspirado no livro “Relato de um Certo Oriente”, de Milton Hatoum, em fase de roteiro, e “O Homem das Multidões”, inspirado em conto de Edgar Allan Poe. Marcelo Gomes hoje se divide entre Recife e São Paulo, mas diz “ando e moro por onde meus projetos estiverem”.
Para ler a entrevista de Marcelo Gomes clique aqui

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