terça-feira, 23 de abril de 2024

Reflexões sobre o tempo presente






Já Não Entendo Este Mundo




Não entendo este mundo moribundo, este mundo escuro nascido no ventre da pátria de Whitman, sem sol e sem luar, já não entendo esta onda de sismos e cifrões, esta dor de milhões de cabeças rolando como esferas para o fundo dos abismos. Para ler o texto de Adão Cruz clique aqui







Universidade significa liberdade




Liberdade” e “universidade” são sinônimos desde o início: mas é uma liberdade que foi conquistada fatigantemente e que, depois, teve que ser sempre defendida, ao longo dos séculos, de poderes mutáveis, mas sempre desconfiados e impacientes com quem se dedicava sobretudo ao conhecimento. Para ler o texto de Tomaso Montanari clique aqui


 






Dois físicos




Dois intelectuais conversam sobre o estado do mundo atual e fazem uma crítica ao social-darwinismo. Para ler o texto de Osame Kinouchi Filho clique aqui


segunda-feira, 22 de abril de 2024

"Ode Marítima" (Fragmento) - Fernando Pessoa

 



Ode Marítima





Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,


Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,


Olho e contenta-me ver,


Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.


Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.


Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.


Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,


Aqui, acolá, acorda a vida marítima,


Erguem-se velas, avançam rebocadores,


Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.


Há uma vaga brisa.


Mas a minh'alma está com o que vejo menos,


Com o paquete que entra,


Porque ele está com a Distância, com a Manhã,


Com o sentido marítimo desta Hora,


Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,


Como um começar a enjoar, mas no espírito.




Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,


E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente.




Os paquetes que entram de manhã na barra


Trazem aos meus olhos consigo


O mistério alegre e triste de quem chega e parte.


Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos


Doutro modo da mesma humanidade noutros pontos.


Todo o atracar, todo o largar de navio,


É – sinto-o em mim como o meu sangue –


Inconscientemente simbólico, terrivelmente


Ameaçador de significações metafísicas


Que perturbam em mim quem eu fui...




Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!


E quando o navio larga do cais


E se repara de repente que se abriu um espaço


Entre o cais e o navio,


Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,


Uma névoa de sentimentos de tristeza


Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas


Como a primeira janela onde a madrugada bate,


E me envolve com uma recordação duma outra pessoa


Que fosse misteriosamente minha.




Fernando Pessoa



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do ventodo autor do blog clique aqui


Crise entre Irã e Israel pode chegar ao bolso da população brasileira? Analistas explicam




Em entrevista à Sputnik Brasil, especialistas analisam qual a possibilidade de o acirramento entre os países levar a uma disparada no preço do petróleo e como isso poderia afetar a popularidade de Lula. Para ler o texto de Melissa Rocha clique aqui

 

Melissa Rocha: Parceiros no BRICS, Brasil e Índia ascendem como contraponto às grandes potências, dizem analistas


João Feres Jr.: Moraes vs. Musk - 1º round


Fábio Bispo - Indígenas pressionam Lula: "é hora de ação"


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Guilherme Arruda: Por onde avançar com o Complexo Industrial da Saúde


Aqueles corpos abraçados e mudos, símbolo da dor universal





guerra não tem rosto, não tem nome, não tem idade. A guerra são dois corpos presos em um abraço que não é mais possível. Uma mulher viva que aperta junto a si os restos mortais de uma menina morta. O branco de um lençol, o azul de um vestido, as lágrimas escondidas por um véu amareladiço que também cobre o cabelo. Para ler o texto de Viola Ardone clique aqui

 

Alastair Crooke: O sionismo se autodestruirá?


Ativistas de mais de 30 países navegam rumo a Gaza com toneladas de ajuda humanitária para romper o cerco


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Slobodan Despot: A síndroma Tolstoïevsky


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Ira Helfand: Mais perto do que nunca da guerra atômica. Os políticos são ignavos


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Boaventura de Sousa Santos: O 25 de Abril da nossa perplexidade


Flávio Aguiar: Portugal - Chegou a hora!


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Luís Nassif: Tesla em queda livre


Eva Alterman Blay: Por uma política feminista


Sergio Ferrari: Feminismo: uma vitória contra a crise climática


Quais são as 3 universidades da América Latina entre as 100 melhores do mundo


Roberto Marchesini - A cidade dos animais: as espécies que se adaptam para viver entre nós


Eros Ramazzotti: "Terra promessa"




Para assistir à interpretação de "Terra promessa" na voz de Eros Ramazzotti clique no vídeo aqui


Navegando pelo cinema





"Guerra Civil"




Nos EUA, não existe mais um poder central - a autoridade do presidente, ilhado em Washington, é ilusória. O país está entregue a batalhões de soldados ou milicianos, cada um controlando um trecho e lutando por predomínio. Um grupo de quatro jornalistas decide deixar Nova York e atravessar a nação conflagrada, tentando tomar conhecimento da real situação. Nos cinemas. Para ler o texto de Neusa Barbosa clique aqui

 






"Guerra Civil": É esta "carta de amor" ao jornalismo de guerra o filme mais provocador do ano?




Guerra Civil”, um dos filmes mais aguardados do ano, estreou esta semana nos cinemas portugueses. Escrito e realizado pelo britânico Alex Garland nesta história, passada num futuro próximo sem data concreta, os Estados Unidos da América estão a ser dilacerados por um conflito armado entre uma aliança secessionista de múltiplos estados e um presidente fascista de três mandatos (que decidiu, entre outras coisas, desmantelar o FBI e comportar-se como um ditador). Para ler o texto completo clique aqui







 "Nunca tive a intenção de fazer um filme político": falando com Rui Pedro Sousa e Diogo Fernandes sobre "Revolução (Sem) Sangue"




25 de Abril de 1974, uma data de ruptura com um sistema político que vigorou por 40 anos. Todos nós sabemos sobre ela, muitos de nós viveram-na, outros relembram, outros estudam, e alguns ainda choram. E foram estas lágrimas silenciosas dos “mortos de Abril”, esquecidos pela força da História, que levaram Rui Pedro Sousa a explorar este momento fatídico na rota dos cravos. Ao reunir um elenco de atores jovens, praticamente desconhecidos do grande público, ele deu vida à tragédia do quinteto de morte violenta: Fernando Giesteira, João Arruda, Fernando Reis, José Barneto e António Lages. Os seus nomes, muitas vezes ocultos pelos relatos posteriores, aqueles cujo sangue foi derramado nas ruas de Lisboa, na calçada em frente à antiga sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso, serão agora resgatados. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui


HUMOR - Hierarquia

 




Com esse tanto de pensamento intrusivo, está difícil até mandar na minha própria consciência. Em estado delusional, eu funciono muito melhor. Gregorio, bola um fino com a de 15 e publica o vídeo de hoje que agora o sócio sou eu. Divirta-se clicando aqui

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