sexta-feira, 19 de abril de 2024

Cenários para a literatura

 

Os escritores John Steinbeck e William Faulkner




Os limites da liberdade




Romances de autores estadunidenses seguem atuais ao discutir angústias nacionais e ressoar debates do século XXI até mesmo na periferia do capitalismo. Para ler o texto de Giovana Proença Gonçalves clique aqui









Cem anos de solidão




A fabulosa cidade de Macondo: uma alegoria da América Latina. Para ler o texto de Soleni Biscouto Fressato clique aqui






Reler Tolstói para entender o mundo de hoje




Depois de Bush Jr. dizer que “o modo de vida americano é inegociável” e Madeleine Albright afirmar que “os EUA são uma nação indispensável”, o passo seguinte só poderia ser aniquilar a Rússia, ao que Kissinger clamou: “releiam Tolstói”. Para ler o texto de Daniel Afonso da Silva clique aqui


Reflexões sobre o tempo presente





O papel da criatividade na ciência, segundo 3 ganhadores do Nobel




Em visita ao Brasil, químico David MacMillan, neurocientista May-Britt Moser e físico Serge Haroche falam sobre a importância de estimular a curiosidade para avançar o nosso conhecimento do mundo. Para ler o texto de Letícia Arcoverde clique aqui









A Grande Conquista




A grande conquista”, palavras de António Damásio num dos seus livros, referindo-se à origem dos sentimentos e da consciência, constitui, a meu ver, uma espécie de visão através de um binóculo construído por miríades de pecinhas científicas, da ponte entre o cérebro, a mente, o pensamento e a consciência. Para ler o texto de Adão Cruz clique aqui








O progresso tecnológico não caminha de mãos dadas com o progresso moral




"El ministerio de la verdad" ("Capitán Swing", 2022) é um livro sobre outro livro, uma espécie de biografia de George Orwell baseada em suas referências ao escrever 1984. Nele, o jornalista Dorian Lynskey percorre “as múltiplas vidas” do clássico da literatura mundial, uma das obras mais citadas da história e, apesar disso, uma das mais desconhecidas pela sua multiplicidade de nuances e significados. Para ler a entrevista de Dorian Lynskey clique aqui


quinta-feira, 18 de abril de 2024

"De: Um Amante da Palestina" - Mahmoud Darwish

 



De: Um Amante da Palestina




Ontem vi você no porto;


Você era um viajante solitário, sem provisões.


Corri até você como um órfão


Pedindo a sabedoria de nossos pais:


"Por que o laranjal verde -


Arrastado para a prisão e para o porto,


E apesar de suas viagens,


apesar do cheiro de sal e de saudade -


Por que sempre permanece verde?"


E escrevi no meu diário:


“Adoro a laranja, mas odeio o porto”.


Fiquei no porto


E observei o mundo com olhos de inverno.


Só a casca da laranja é nossa.


Atrás de mim estava o deserto.


Eu vi você em montanhas cobertas de sarças;


Você era uma pastora sem ovelhas,


Perseguida entre as ruínas.


Você era meu jardim


Quando eu estava longe de casa.


Eu bateria na porta, no meu coração,


Pois no meu coração


coloque portas e janelas, cimento e pedras.

Eu te vi em poços de água


E em celeiros quebrados.


Já vi você em barcos navegando em mesas.


Eu vi você em raios de lágrimas e feridas.


Você é um puro sopro de vida;


Você é a voz dos meus lábios;


Você é água... Você é fogo.




Eu vi você na entrada da caverna,


Secando seus trapos de órfão numa corda.


Eu te vi nas lojas e nas ruas,


Nos estábulos e nos poros do sol.


Eu vi você em canções de órfãos e miseráveis.


Eu vi você no sal e na areia.


Sua beleza era de terra, crianças e jasmim.


Juro


tecer um véu de meus desejos


E bordá-lo com versos para seus olhos


E com um nome que,


Quando regado com um coração


Que se derreteu com seu amor,


Faria com que as árvores voltassem a verdejar.


Escreverei uma frase mais cara que mártires e beijos:


“Palestina ela foi e ainda é!”




Numa noite de tempestade abriu uma janela


e vi uma lua mutilada.


Eu disse à noite: "Vá


além da cerca das trevas!


Tenho um encontro marcado com luz e palavras."


Você é meu jardim virginal


Enquanto nossas canções


São espadas quando as desembainhamos.


Você é fiel como a semente


Enquanto nossas canções


Nutrirem a terra...


Você é uma palmeira na mente,


Não derrubada nem pelo vento nem pelo machado do lenhador.


Suas tranças foram poupadas


Por feras do deserto e das florestas.




Mas eu sou o exilado.


Sele-me com seus olhos.


Leve-me onde você estiver -


Leve-me onde quer que você seja.


Restaura-me a cor do rosto


E o calor do corpo,


A luz do coração e dos olhos,


O sal do pão e do ritmo,


O sabor da terra... da Pátria.


Proteja-me com seus olhos.


Leve-me como uma relíquia da mansão da tristeza;


Tome-me como um verso da minha tragédia;


Leve-me como um brinquedo, um tijolo de casa


Para que nossos filhos se lembrem de voltar.




Os olhos dela são palestinos;


O nome dela é palestino;


Seus sonhos e tristezas;


Seu véu, seus pés e corpo;


Suas palavras e silêncio são palestinos;


Seu nascimento... sua morte.



 

Mahmoud Darwish



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do vento" do autor do blog clique aqui


A quem interessa usinas nucleares no Brasil?

 





Nada discretamente, poderosos grupos lobistas, nacionais e internacionais, pressionam o governo federal e a sociedade brasileira para aceitarem a necessidade de expansão de usinas nucleares no país utilizando justificativas falaciosas e mentirosas. São conhecidos personagens e empresas que sempre boicotaram as fontes renováveis de energia, e retardaram a entrada em operação das tecnologias solares e eólicas no país. Defensores das termelétricas a combustíveis fósseis e da eletricidade nuclear desprezam os interesses nacionais, em detrimento dos interesses econômicos, pessoais e empresariais. Para ler o texto de Heitor Scalambrini Costa e Zoraide Vilasboas clique aqui














Se os EUA e o Reino Unido tiverem alguma vergonha, darão as boas-vindas à Palestina como Estado-membro da ONU

 




"Já passou da hora de as duas potências que mais fizeram para destruir o Oriente Médio apoiarem o caminho para a paz", diz Jeffrey Sachs. Para ler seu texto clique aqui










































The 1975: "Heart Out"




Para assistir à interpretação de "Heart Out" pelos The 1975 clique no vídeo aqui

 

Navegando pelo cinema





O rapto do judeu




Forçando o seu lugar enquanto "maestro" do circuito italiano em perpétua reinvenção, Marco Bellocchio instala-se num cinema de dramaturgias clássicas, tecidos delicados que cobrem um dos (muitos) episódios escandalosos que envolveram o papado de Pio IX, regendo Itália num ultraconservadorismo que atraiçoou quem o julgaria na iminência do liberalismo. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui







A sala de música




Meu Amigo Lorenzo” documenta o processo singular de evolução de uma criança autista através da música, amorosamente testemunhado pelo cinema. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui









"Ficção americana": antirracialista e anti-identitário 




A preciosidade de "Ficção americana" foi a de demonstrar o antirracismo reduzido à lógica comportamental cuja característica é o não questionamento da própria ideia de raça. Um culturalismo difuso, repousado no juízo de que é possível criar uma cultura antirracista sob o regime capitalista através de manuais. Para ler o texto de Douglas Barros clique aqui


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