quarta-feira, 24 de abril de 2024

"Saudação a Walt Whitman" (Variante) - Fernando Pessoa


 


Saudação a Walt Whitman

 

 



Saúdo-te e chamo


A tomar parte em mim na saudação que te faço


Tudo quanto cantaste ou desejaste cantar.


Ervas, árvores, flores, a natureza dos campos...


Homens, lutas, tratados — a natureza das almas...


Os artifícios, que dão sabor ao que não é artifício


As coisas naturais que valem sem valor dado,


As profissões com que o homem se interessa por ter vontade


As grandes ambições, as grandes raivas, as pálpebras


Descidas sobre a inutilidade metafísica de viver...


Chamo a mim, para os levar até ti,


Como a mãe chama a criança para a sentir ser


A totalidade dispersa do que interessa ao mundo...


Ah, que nada me fique de fora das algibeiras


Quando vou procurar-te.


Que nada me esqueça, se te saúdo, que nada


Falte, nem o faltar esqueça,


Porque faltar é uma coisa — faltar.




Vá! Vá! Tudo! O natural e o humano!


Vá, o que parte! vá, o que fica! vá o que lembra e o que esquece!


Tu tens direito a ser saudado por tudo


E eu, porque o vejo,


Tenho o direito a encanar a voz em tudo saudar-te



 

Fernando Pessoa



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do ventodo autor do blog clique aqui


Glenn Greenwald. Depois de espelhinhos, o Evangelho!




O Brasil tem Constituição própria, agradece os espelhinhos e prendas, mas declina do “Evangelho”, pois os fascistas continuam pecando. Para ler o texto de Armando Coelho Neto clique aqui









Em números: 200 dias de guerra de Israel em Gaza




Mais de 34 mil palestinos foram mortos e vastas áreas do enclave estão em ruínas enquanto Israel continua o seu ataque. Para ler o texto de Usaid Siddiqui clique aqui



















































Cher & Jennifer Hudson: "If I Could Turn Back Time" / "Believe"




Para assistir à interpretação de  "If I Could Turn Back Time" / "Believe" nas vozes de Cher & Jennifer Hudson clique no vídeo aqui

 

Navegando pelo cinema





O que esperar do "Lula" de Oliver Stone?




"No cenário internacional, será mais uma vitrine para a sabedoria política e a resiliência admirável do filho de Dona Lindu". Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui









O poder sobrenatural de permanência de Pinochet




Numa sátira indicada ao Oscar, o ditador do Chile vive como um vampiro. Mas não é preciso um pensamento mágico para ver a sua influência contínua na política. Para ler o texto de Ena Alvarado clique aqui










"A paixão segundo G.H."




O que fazemos e pensamos quando estamos “a sós”, como expressar este mundo mental povoado de “vastas emoções e pensamentos imperfeitos”? Como as vivências se tornam jorro de palavras e falas e estas podem se tornar corpo, performance e imagens: cinema? G.H., personagem de Clarice Lispector que toma o corpo e a voz de Maria Fernanda Cândido, é a protagonista, confinada, de um livro publicado em 1964 e agora transcriado para o cinema por Luiz Fernando Carvalho. Para ler o texto de Ivana Bentes clique aqui


HUMOR - AzMina: Dá para rir do patriarcado?

 




Nos palcos e nas telas dos celulares, mulheres na comédia criticam masculinidades tóxicas, papéis de gênero e machismos naturalizados. Elas usam do sarcasmo e deboche para criticar “hetérotops”, redpills e violências diversas. Fazem críticas contundentes ao patriarcado e aproximam as pautas de gênero à população com humor e simplicidade. Leia o texto e assista a vídeos clicando aqui

Nos caminhos da arte

 



"O Livro do Império". Os Lusíadas e as intrigas e traições apontadas pelo poeta-soldado



Os tempos gloriosos do império português chegam ao fim. O desejado rei D. Sebastião vive para os sonhos de glória. Cego à corrupção da nobreza que prospera aquém e além-mar, permite que a Inquisição imponha o obscurantismo, acusando e julgando as mentes mais iluminadas. Contra tudo e contra todos, um poeta-soldado caído em desgraça decide contar a história épica de um povo para o relembrar da grandeza de outrora e salientar o desvirtuamento do poder que se vive no reino. Mesmo sabendo que corre perigo de vida. Como era a vida dos portugueses no século XVI e como interagiam com os outros habitantes nos territórios além-mar do império? Com tantos inimigos no poder, como pôde ser publicada uma obra que era provocadora aos olhos da Corte e da Inquisição? Em "O Livro do Império", João Morgado conta a saga de "Os Lusíadas", o poema épico salvo pela Inquisição para redenção de Portugal. A história de uma obra proscrita que louva os feitos do passado e denuncia a corrupção dos poderosos. Confira um excerto deste livro no ano em que se celebram os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, clicando aqui







Na Itália do pós-guerra, os artistas revolucionaram a cultura




Hoje em dia, a Itália pós-1945 é frequentemente apresentada como uma era de hegemonia antifascista. Mas a Itália da Guerra Fria não era nenhum paraíso para a esquerda — e os cineastas e escritores neorrealistas tiveram que resistir à censura da Igreja e à hegemonia da direita sobre a cultura do país. Para ler o texto de Anne Colamosca clique aqui







VÍDEO - Roberto Bolle: "Boléro di Ravel




Para assistir à apresentação de Roberto Bolle com o Ballet Béjart de Lausanne ao som do Boléro de Ravel clique no vídeo aqui


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