terça-feira, 23 de abril de 2024

Cientista questiona serviço de inteligência israelense: "O que é pior? Não saber dos ataques ou saber e não fazer nada?"

 





Após renúncia do diretor do serviço de inteligência, Pedro Costa Jr. analisa o debate global sobre a falta de eficácia do sistema israelense. Para ler o texto de Carla Castanho clique aqui




























































Jorge Ben Jor: "São Valentin"




Para assistir à interpretação de "São Valentin" na voz de Jorge Ben Jor clique no vídeo aqui

 

Navegando pelo cinema






O Fantasma da Guerra Civil na América




Esta semana, um novo filme de ação intitulado "Guerra Civil" foi lançado nos EUA. O filme, do diretor inglês Alex Garland, conta a história de um governo em guerra com estados separatistas, um presidente deslegitimado aos olhos de parte do país. Alguns críticos argumentam que lançar o filme em ano eleitoral é extremamente perigoso. Na sua opinião, o simples facto de falar sobre um futuro projecto nacional pode torná-lo real e, portanto, o filme corre o risco de se tornar uma profecia auto-realizável. As resenhas deste filme variam muito, com alguns acreditando que se trata de uma obra de ficção especulativa profundamente perversa que começa com os Estados Unidos em guerra consigo mesmos – literalmente, não retoricamente. Outros acreditam que é um filme fantástico que, apesar de sua dureza, vale a pena assistir: recebeu muitas críticas elogiosas. O filme mostra que a América pode mergulhar num conflito armado interno, e isso parece possível, embora improvável. Para ler o texto de Vladimir Mashin clique aqui


 






Elas se amam, mas.




Pela terceira vez, Nara Normande elabora reminiscências de sua infância e adolescência na localidade praiana de Guaxuma, em Alagoas. Primeiro foi com o curta "Sem Coração" (2014), codirigido com o pernambucano Tião. Em 2018, veio o belíssimo curta de animação "Guaxuma"disponível aqui. A versão longa de "Sem Coração", lançada agora depois de ser exibida no Festival de Veneza, parece uma extensão e uma variação dos dois curtas. A direção é novamente compartilhada por Nara e Tião. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui








"O Corvo" permanece sombrio, trágico e icônico, 30 anos depois 




Por mais estapafúrdio que possa parecer, houve um tempo no qual filmes baseados em quadrinhos não eram uma aposta certeira. Na verdade, por anos, foi justamente o contrário: apesar do esmagador sucesso de crítica de produções como “Superman” (de Richard Donner, 1978) ou de bilheteria, como o “Batman” de Tim Burton (lançado em 1989), um processo longo se estenderia até que longas-metragem baseados em heróis mascarados fossem levados, ainda que minimamente, a sério. É uma ideia quase alienígena àqueles que viram fenômenos como o Universo Cinematográfico Marvel se desenvolverem, ou que entendem o que um filme como “Madame Teia” pode significar para o que o gênero nos dias atuais. Tempos mais simples tendem a conferir mais liberdade – criativa, estética, conceitual: filmes, desprovidos de grandes bagagens, podem povoar o imaginário popular, se tornar verdadeiros sinônimos de subculturas inteiras e, discretamente, influenciar boa parte daqueles que se seguem. Todas são características mais do que perceptíveis em “O Corvo” (“The Crow”, 1994), dirigido por Alex Proyas com base na HQ independente escrita por James O’Barr, que chegou aos cinemas pela primeira vez há três décadas. Para ler o texto de Davi Caro clique aqui


Nos caminhos da arte





Clarice na memória de outros




As cinquenta e sete partes e os sessenta e cinco colaboradores aqui reunidos se manifestam com um mesmo propósito: recuperar a imagem de Clarice Lispector. As tintas e os traços que as vozes declarantes emprestam à composição do perfil da ficcionista são também generosos nas variáveis de construção: entrevista, depoimento, carta, crônica, poema. Para ler o texto de Ricardo Iannace clique aqui

 






162 impressionantes esculturas de madeira flutuante de Debra Bernier contam as histórias esquecidas do oceano




Debra Bernier é uma artista extraordinária de Victoria, Canadá. Ela usa materiais naturais, como madeira flutuante, argila e conchas para criar esculturas fascinantes. Estas peças intrincadas representam os espíritos da natureza como a fusão humana com o material natural. “Quando trabalho com madeira flutuante, nunca começo com uma tela em branco. Cada pedaço de madeira flutuante já é uma escultura, criada pelas carícias das ondas e do vento”, disse Debra. "A madeira conta uma história e tento pensar na sua jornada enquanto a seguro na mão. Estendo ou encurto as curvas e contornos que já existem em formas familiares de animais ou rostos de pessoas." A escultora se inspira em seu amor pelo que há de mais sagrado no mundo - as crianças, os animais, a natureza. “As peças acabadas são um reflexo não apenas da minha vida, da minha família e dos filhos, mas de uma conexão eterna e sagrada que todos compartilhamos com a natureza”, diz ela. Debra era apaixonada pela praia e pela natureza desde criança e ainda se sente feliz e agradecida por poder compartilhar esse amor e sua arte com as pessoas. "A menina que há em mim ainda é fascinada pelas formas da madeira, pelo sol brilhando na água, pelas pedras lisas e cinzentas e pelas algas salgadas. A simplicidade me traz mais felicidade do que complexidade. Espero compartilhar isso com outras pessoas." Para ver 162 esculturas de Debra Bernier clique aqui








Fotos raras do passado que você precisa ver




Você já se deparou com uma foto que o fez parar e se perguntar sobre a história por trás dela? A história está repleta de eventos há muito esquecidos e de histórias ocultas que muitas vezes são reveladas através de fotografias raramente vistas. Estas imagens extraordinárias oferecem um vislumbre de alguns momentos fascinantes do nosso passado partilhado e podem evocar um profundo sentimento de admiração em quem as vê. Dê uma olhada em algumas das fotografias históricas mais raras que você provavelmente nunca viu antes clicando aqui e aqui


Reflexões sobre o tempo presente






Já Não Entendo Este Mundo




Não entendo este mundo moribundo, este mundo escuro nascido no ventre da pátria de Whitman, sem sol e sem luar, já não entendo esta onda de sismos e cifrões, esta dor de milhões de cabeças rolando como esferas para o fundo dos abismos. Para ler o texto de Adão Cruz clique aqui







Universidade significa liberdade




Liberdade” e “universidade” são sinônimos desde o início: mas é uma liberdade que foi conquistada fatigantemente e que, depois, teve que ser sempre defendida, ao longo dos séculos, de poderes mutáveis, mas sempre desconfiados e impacientes com quem se dedicava sobretudo ao conhecimento. Para ler o texto de Tomaso Montanari clique aqui


 






Dois físicos




Dois intelectuais conversam sobre o estado do mundo atual e fazem uma crítica ao social-darwinismo. Para ler o texto de Osame Kinouchi Filho clique aqui


segunda-feira, 22 de abril de 2024

"Ode Marítima" (Fragmento) - Fernando Pessoa

 



Ode Marítima





Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,


Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,


Olho e contenta-me ver,


Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.


Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.


Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.


Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,


Aqui, acolá, acorda a vida marítima,


Erguem-se velas, avançam rebocadores,


Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.


Há uma vaga brisa.


Mas a minh'alma está com o que vejo menos,


Com o paquete que entra,


Porque ele está com a Distância, com a Manhã,


Com o sentido marítimo desta Hora,


Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,


Como um começar a enjoar, mas no espírito.




Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,


E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente.




Os paquetes que entram de manhã na barra


Trazem aos meus olhos consigo


O mistério alegre e triste de quem chega e parte.


Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos


Doutro modo da mesma humanidade noutros pontos.


Todo o atracar, todo o largar de navio,


É – sinto-o em mim como o meu sangue –


Inconscientemente simbólico, terrivelmente


Ameaçador de significações metafísicas


Que perturbam em mim quem eu fui...




Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!


E quando o navio larga do cais


E se repara de repente que se abriu um espaço


Entre o cais e o navio,


Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,


Uma névoa de sentimentos de tristeza


Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas


Como a primeira janela onde a madrugada bate,


E me envolve com uma recordação duma outra pessoa


Que fosse misteriosamente minha.




Fernando Pessoa



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do ventodo autor do blog clique aqui


Crise entre Irã e Israel pode chegar ao bolso da população brasileira? Analistas explicam




Em entrevista à Sputnik Brasil, especialistas analisam qual a possibilidade de o acirramento entre os países levar a uma disparada no preço do petróleo e como isso poderia afetar a popularidade de Lula. Para ler o texto de Melissa Rocha clique aqui

 

Melissa Rocha: Parceiros no BRICS, Brasil e Índia ascendem como contraponto às grandes potências, dizem analistas


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