quarta-feira, 24 de abril de 2024

HUMOR - AzMina: Dá para rir do patriarcado?

 




Nos palcos e nas telas dos celulares, mulheres na comédia criticam masculinidades tóxicas, papéis de gênero e machismos naturalizados. Elas usam do sarcasmo e deboche para criticar “hetérotops”, redpills e violências diversas. Fazem críticas contundentes ao patriarcado e aproximam as pautas de gênero à população com humor e simplicidade. Leia o texto e assista a vídeos clicando aqui

Nos caminhos da arte

 



"O Livro do Império". Os Lusíadas e as intrigas e traições apontadas pelo poeta-soldado



Os tempos gloriosos do império português chegam ao fim. O desejado rei D. Sebastião vive para os sonhos de glória. Cego à corrupção da nobreza que prospera aquém e além-mar, permite que a Inquisição imponha o obscurantismo, acusando e julgando as mentes mais iluminadas. Contra tudo e contra todos, um poeta-soldado caído em desgraça decide contar a história épica de um povo para o relembrar da grandeza de outrora e salientar o desvirtuamento do poder que se vive no reino. Mesmo sabendo que corre perigo de vida. Como era a vida dos portugueses no século XVI e como interagiam com os outros habitantes nos territórios além-mar do império? Com tantos inimigos no poder, como pôde ser publicada uma obra que era provocadora aos olhos da Corte e da Inquisição? Em "O Livro do Império", João Morgado conta a saga de "Os Lusíadas", o poema épico salvo pela Inquisição para redenção de Portugal. A história de uma obra proscrita que louva os feitos do passado e denuncia a corrupção dos poderosos. Confira um excerto deste livro no ano em que se celebram os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, clicando aqui







Na Itália do pós-guerra, os artistas revolucionaram a cultura




Hoje em dia, a Itália pós-1945 é frequentemente apresentada como uma era de hegemonia antifascista. Mas a Itália da Guerra Fria não era nenhum paraíso para a esquerda — e os cineastas e escritores neorrealistas tiveram que resistir à censura da Igreja e à hegemonia da direita sobre a cultura do país. Para ler o texto de Anne Colamosca clique aqui







VÍDEO - Roberto Bolle: "Boléro di Ravel




Para assistir à apresentação de Roberto Bolle com o Ballet Béjart de Lausanne ao som do Boléro de Ravel clique no vídeo aqui


terça-feira, 23 de abril de 2024

"Café Santa Cruz" - Manuel de Freitas




Café Santa Cruz




Se queres ver os tritões


— ou, se preferires, as sereias —


nos três vitrais da entrada,


deves chegar a meio da tarde


e obrigar-te a não ter pressa.


Em Coimbra morre-se devagar. É bom.



Conheci poucos lugares onde


reinasse assim o esplendor do incomum.


Cada mesa tão diferente da outra:


um pintor rústico que faz dos dedos


pincéis, dois namorados que já saíram,


com a pressa física do amor,


o velho reformado que lê pela décima vez


o jornal da véspera — ou ainda o que


registra envergonhado estes versos.


Desiguais abismos, maneiras de se


estar só, encontram aqui um abrigo


temporário, senão a própria rasura do tempo.



Pouco importa. Abandona-te, finalmente,


ao sortilégio mudo de sereias


ou tritões. É tudo o que precisas.


Uma música feliz perde-se na tarde


e as lágrimas, afinal, são uma espécie de sorriso.



Manuel de Freitas



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do ventodo autor do blog clique aqui

A transição inacabada. A militarização do Estado: o problema das polícias e o das Forças Armadas





Para o pesquisador Lucas Pedretti onde vivem as populações empobrecidas e marginalizadas o regime militar continua, mas trocou o verde-oliva dos milicos pela farda das polícias militares. Para ler sua entrevista clique aqui


Armando Boito: Fissuras do campo político bolsonarista


Reginaldo S. Fernandes: O movimento grevista na educação federal


Flávia Lefèvre - Internet: a quem interessa atacar o Marco Civil


Paulo José Cunha: O tempo não é mais senhor da razão, e sim um obstáculo a ela


Lucas Trentin Rech: Vento dentro da bolsa de valores


Nathália Iwasawa: Nestlé, e seu "duplo padrão" de comida saudável
 

Cientista questiona serviço de inteligência israelense: "O que é pior? Não saber dos ataques ou saber e não fazer nada?"

 





Após renúncia do diretor do serviço de inteligência, Pedro Costa Jr. analisa o debate global sobre a falta de eficácia do sistema israelense. Para ler o texto de Carla Castanho clique aqui




























































Jorge Ben Jor: "São Valentin"




Para assistir à interpretação de "São Valentin" na voz de Jorge Ben Jor clique no vídeo aqui

 

Navegando pelo cinema






O Fantasma da Guerra Civil na América




Esta semana, um novo filme de ação intitulado "Guerra Civil" foi lançado nos EUA. O filme, do diretor inglês Alex Garland, conta a história de um governo em guerra com estados separatistas, um presidente deslegitimado aos olhos de parte do país. Alguns críticos argumentam que lançar o filme em ano eleitoral é extremamente perigoso. Na sua opinião, o simples facto de falar sobre um futuro projecto nacional pode torná-lo real e, portanto, o filme corre o risco de se tornar uma profecia auto-realizável. As resenhas deste filme variam muito, com alguns acreditando que se trata de uma obra de ficção especulativa profundamente perversa que começa com os Estados Unidos em guerra consigo mesmos – literalmente, não retoricamente. Outros acreditam que é um filme fantástico que, apesar de sua dureza, vale a pena assistir: recebeu muitas críticas elogiosas. O filme mostra que a América pode mergulhar num conflito armado interno, e isso parece possível, embora improvável. Para ler o texto de Vladimir Mashin clique aqui



 






Elas se amam, mas.




Pela terceira vez, Nara Normande elabora reminiscências de sua infância e adolescência na localidade praiana de Guaxuma, em Alagoas. Primeiro foi com o curta "Sem Coração" (2014), codirigido com o pernambucano Tião. Em 2018, veio o belíssimo curta de animação "Guaxuma"disponível aqui. A versão longa de "Sem Coração", lançada agora depois de ser exibida no Festival de Veneza, parece uma extensão e uma variação dos dois curtas. A direção é novamente compartilhada por Nara e Tião. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui








"O Corvo" permanece sombrio, trágico e icônico, 30 anos depois 




Por mais estapafúrdio que possa parecer, houve um tempo no qual filmes baseados em quadrinhos não eram uma aposta certeira. Na verdade, por anos, foi justamente o contrário: apesar do esmagador sucesso de crítica de produções como “Superman” (de Richard Donner, 1978) ou de bilheteria, como o “Batman” de Tim Burton (lançado em 1989), um processo longo se estenderia até que longas-metragem baseados em heróis mascarados fossem levados, ainda que minimamente, a sério. É uma ideia quase alienígena àqueles que viram fenômenos como o Universo Cinematográfico Marvel se desenvolverem, ou que entendem o que um filme como “Madame Teia” pode significar para o que o gênero nos dias atuais. Tempos mais simples tendem a conferir mais liberdade – criativa, estética, conceitual: filmes, desprovidos de grandes bagagens, podem povoar o imaginário popular, se tornar verdadeiros sinônimos de subculturas inteiras e, discretamente, influenciar boa parte daqueles que se seguem. Todas são características mais do que perceptíveis em “O Corvo” (“The Crow”, 1994), dirigido por Alex Proyas com base na HQ independente escrita por James O’Barr, que chegou aos cinemas pela primeira vez há três décadas. Para ler o texto de Davi Caro clique aqui


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