sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Porque o "doisladismo" é um totalitarismo

Resultado de imagem para Porque o "doisladismo" é um totalitarismo

O que indica o uso do termo polarização como desqualificador? É um estigma. Sociologicamente, ele é utilizado por uma categoria que reúne líderes de opinião, jornalistas e comentaristas do centro econômico-intelectual do Brasil, isto é, São Paulo e Rio de Janeiro. 
Para ler o texto de Serge Kartz clique aqui

Leia "Sergio Moro prestou um grande desserviço ao Brasil, escreve Lula em jornal" clicando aqui

Leia "No pós-Lula livre, esquerda precisa reencontrar as ruas" de Igor Tadeu Camilo Rocha clicando aqui

Leia "A crítica ao governo PT e a "autocrítica" nos termos de opositores" de Gustavo Freire Barbosa clicando aqui

Leia "Movimento pendular da democracia brasileira impede a estabilidade política e econômica do país" Entrevista com Leonardo Avritzer clicando aqui

Leia "Uma nova marcha autoritária está em curso - e não aprendemos nada" de Henry Bugalho clicando aqui

Leia "É preciso soar alarme sobre a expansão do neonazismo no Brasil" de Edison Veiga clicando aqui

Leia "Como o Brasil alcançou a mediocridade científica de hoje?" de Christian Dunker clicando aqui

Leia "Declarações do ministro da Educação sobre as universidades federais" clicando aqui

Leia "Educação Pública sob artilharia pesada" de Cleo Manhas clicando aqui

Leia "Da economia à segurança: o que o Brasil perde ao rivalizar com a Argentina " de  clicando aqui

Leia "Exportações, bote salva-vidas de Bolsonaro" de Paulo Kliass clicando aqui

Leia "Com reforma previdenciária, bancos vão estourar de ganhar dinheiro, diz economista" de Amaro Augusto Dornelles clicando aqui

Leia "Amazônia. A realidade devastadora" de Lúcio Flávio Pinto clicando aqui

Leia "Belo Monte: drama e tragédia" de Lúcio Flávio Pinto clicando aqui

Leia "O fim anunciado dos estoques públicos de alimentos no Brasil" de João Peres clicando aqui

Leia "Agronegócio: uma década de avanço devastador" de Juca Guimarães clicando aqui

Leia "Como se forma uma polícia racista" de Almir Felitte clicando aqui




Negros vivem sob regime bolsonarista há 480 anos


Dodô Azevedo
 22/11/2019
Na medida em que avança o governo Bolsonaro, o que era apreensão de brasileiros democratas transforma-se em desespero. A cada censura, desmando, violência e escândalo de corrupção, um desconcerto, um desânimo, uma sensação de impotência toma conta da alma de quem ainda tem uma.
A estes, primeira coisa a ser dita: Bem vindos ao dia a dia do negro brasileiro.
Isso aí que está se sentindo como um abismo, opressão desmedida e ignorância geral, é o sentimento do dia a dia do negro brasileiro.
Muito antes do clã Bolsonaro existir, séculos atrás, já vivíamos sob o que hoje chama-se de bolsonarismo. 
E vivemos. Somos o alvo preferencial da violência e do desemprego, mas vivemos. E conquistamos. De vez em quando, desanimamos. Bate desespero. Mas ser negro é ser forte. Resistente. Teimoso. É ter fé.
O bolsonarismo, uma hora ou outra, mais cedo ou mais tarde, vai passar.
Não para negros.
Então, se você anda por aí atônito com, por exemplo, a escultura feita de munição de armas, presenteada ao presidente no ato da fundação de seu novo partido radical-fundamentalista, se você está se perguntando como suportar tanto absurdo, faça o seguinte: peça conselho a um negro.
Nós vivemos sob um regime radical-fundamentalista desde que da África nos trouxeram à força.
A primeira coisa que nos foi apresentada quando desembarcamos nos portos escravagistas foi o que na época poderia-se muito bem chamar de “Aliança pelo Brasil”.
Quer ser resistência?
Pergunte-nos como.
Ninguém entende mais de resistência do que nós.
Anda com medo de não ter mais considerados os seus direitos de cidadão? De que os direitos humanos, nossa conquista maior como sociedade, passem a não ser mais respeitados? Pergunte-nos como. Convivemos com isso desde que nos entendemos.
Deste sanhaço, não há saída, política, existencial e coletiva, que não passe por nós. Que não só não inclua negros, mas que não seja protagonizada por nós.
Este tem sido o erro histórico e recorrente de todas as resistências que já ocorreram no Brasil.
Não consultar, ou sequer incluir negros nelas.
Vamos ver se o desespero que se encontram os ensina algo.
Somos fortes. Resistentes. Teimosos. E temos fé.
Fonte: Aqui


0 comentários:

  © Blogger template 'Solitude' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP