quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

TONI NEGRI: América Latina deixou de ser periferia

Prestes a completar oitenta anos, o pensador italiano Antonio Negri, autor, ao lado de Michael Hardt, da trilogia “Império-Multidão-Commonwealth” (a última parte ainda sem tradução para o português) e de clássicos como “Poder Constituinte: ensaio sobre as alternativas da modernidade”, participou do IX Colóquio Internacional Spinoza, na Universidade Nacional de Córdoba, Argentina. Negri centra o foco de suas análises na transformação radical pela qual passou o capitalismo, a partir dos anos 70, com o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, fato que alterou a forma de produção — agora imaterial e cognitiva — e a maneira como o capital controla o trabalho.
A saída de cena da linha de montagem fabril e a ascensão dos grandes salões de telemarketing — enquanto o sistema financeiro termina por se afirmar como o “elemento que unifica o complexo social, de um modo abstrato, porém efetivo” — é o que interessa a Negri, na sua leitura inovadora de Marx, firmemente assentada no imanentismo de Spinoza — que se volta para a defesa do comunismo no horizonte do capitalismo cognitivo e, por tabela, globalizado. Não existem, dentro do sistema negriano, concessões para o sistema do capital como também não há saída que não seja global para um capitalismo globalizado, no qual os Estados-nações estão postos em função do funcionamento do sistema.
Para ler a entrevista de Toni Negri clique aqui

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