terça-feira, 4 de dezembro de 2012

ROGER CHARTIER: A história, entre relato e o conhecimento

Talvez seja conveniente recordar as duas perguntas formuladas nesse texto a fim de compreender melhor a novidade das questões que habitam em nosso presente. A primeira derivava diretamente da evidenciação das dimensões retórica e narrativa da história, designadas com perspicácia em três obras fundacionais publicadas entre 1971 e 1975: Comment on écrit l’histoire (Como se escreve a história), de Paul Veyne (1971), Metahistory (Meta-história), de Hayden White (1973), e L’Écriture de l’Histoire (A escrita da história), de Michel de Certeau (1975). Veyne (1971, p. 67), ao afirmar que a história “é, antes de tudo, um relato e o que se denomina explicação não é mais que a maneira de a narração se organizar em uma trama compreensível”, Hayden White (1973, p. IX), ao identificar “as formas estruturais profundas da imaginação histórica” com as quatro figuras da retórica e da poesia clássica, ou seja, a metáfora, a metonímia, a sinédoque e a ironia, e de Certeau (1975, p. 110), ao afirmar que “o discurso histórico pretende dar um conteúdo verdadeiro (que vem da verificabilidade), mas sob forma de uma narração”, obrigavam os historiadores a abandonar a certeza de uma coincidência total entre o passado tal como foi e a explicação histórica que o sustenta.
Para ler o texto completo de Roger Chartier clique aqui

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