terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NOVOS TEMPOS: A enciclopédia sem limites

Após uma sucessão de desconfortáveis polêmicas com a Igreja Católica sobre a moral e a liberdade, o francês Denis Diderot inicia em 1747 um projeto pouco modesto. O objetivo, “mudar o modo como as pessoas pensam”. Com a frase, Diderot (morto em 1784, aos 71 anos) explicava a “Enciclopédia” e sua missão de reunir o conhecimento para as futuras gerações e para todos. Ao menos todos que soubessem ler. Foi um instante decisivo para a história da organização moderna do saber. 2012 pode ter sido o começo de seu fim.
Se esse período que termina em dezembro for lembrado exclusivamente pela paranoia apocalíptica, o ano guarda ao menos um real e potente signo sobre a mudança do tempo, da história e do comportamento. Depois de 244 anos, a “Enciclopédia Britânica” anunciou em 2012 ter descontinuado sua publicação em papel.
A enciclopédia (o espaço no qual o saber está reunido) é agora fluida, imaterial. E mesmo seu projeto (ou sonho) iluminista se move em uma atmosfera na qual o conhecimento está submerso em um oceano de imagens, sons, testemunhos e documentos oferecidos de todas as formas, mas desacompanhado de hierarquia. A era dos dispositivos digitais pode não estar alterando o modo como as pessoas pensam, mas certamente tem modificado a experiência de estar vivo.
Para ler o texto completo de Marcelo Rezende clique aqui

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