sábado, 6 de outubro de 2012

A necessária crítica a uma ciência mercantilizada: a quem servem o publicismo, o citacionismo e o lema “publicar ou perecer”?

"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,

seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence".
(Privatizando, Bertold Brecht, 2007)
 
Em meu trabalho por três anos como Editora Geral da revista Psicologia em Estudo, foi comum o recebimento de mensagens de autores angustiados em saber sobre a tramitação de seus artigos, pois sua aprovação ou não punha em risco a conclusão de sua pós-graduação (mestrado ou doutorado). Professores pesquisadores de séria produção científica também escreviam, preocupados com isso devido às pressões impostas pelos programas de pós-graduação a que estavam vinculados, pois tinham que atestar uma boa quantidade de artigos produzidos em um determinado triênio, sob pena de serem deles sumariamente desvinculados, a despeito da solidez de suas pesquisas e da qualidade de suas aulas ou orientações - estas últimas, fundamentais para a formação de profissionais e pesquisadores compromissados eticamente com a ciência.
Por outro lado, pesquisas apontam um crescente adoecimento físico dos docentes pesquisadores, como, por exemplo, a pesquisa de Santana (2011). Nela o autor evidencia de modo contundente a correlação entre o aumento de produção científica e o número médio anual de orientandos por pesquisador, com maiores ocorrências médicas relacionadas a intervenções cardíacas.Para ler o texto completo de Silvana Calvo Tuleski clique aqui

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