quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"A religião envenena tudo", dizia Christopher Hitchens


O escritor e jornalista britânico Christopher Hitchens, autor do célebre livro "Deus não é grande", morreu no dia 15/12/2011, vítima de um câncer no esôfago. Nascido em 1949 em Portsmouth (Reino Unido), ele morreu da doença que levou seu pai. A deteção da doença aconteceu quando o escritor promovia sua última obra, as memórias intituladas "Hitch-22".
Em "Deus não é grande", fez uma crítica às principais religiões com seu ateísmo afiado. Ele argumentou que a religião era a fonte de toda a tirania e que muitas das perversidades no mundo haviam sido cometidas em nome da religião. Ele escreveu ainda obras sobre Thomas Paine e George Orwell - e inúmeros artigos e colunas, sem nunca perder seu humor aguçado. Os alvos preferidos iam de Deus e Madre Teresa até Henry Kissinger. Considerado um dos intelectuais mais polêmicos e influentes do cenário internacional nos últimos 30 anos, Hitchens se mudou para os Estados Unidos em 1981 e colaborou com as publicações mais prestigiadas nos dois lados do Atlântico: "Vanity Fair", "Slate", "The Nation", "The New York Review of Books", "The Times" e "National Geographic", entre outras. Além de "Deus não é grande", Hitchens escreveu "Cartas a um jovem contestador", "A vitória de Orwell", "O julgamento de Kissinger" e "Amor, pobreza e guerra". "Christopher Hitchens - um crítico incomparável, um mestre da retórica com uma inteligência aguçada, e um bom vivant destemido. Jornalista, correspondente de guerra e crítico literário, Hitchens ganhou reputação por suas respostas engenhosas, críticas mordazes a personalidades públicas e uma inteligência aguçada. Hitchens estudou na Universidade de Oxford e trabalhou como crítico literário para a revista New Statesman, em Londres, antes de se mudar para Nova York para trabalhar como jornalista em 1981.
Graydon Carter, que contratou Hitchens depois de se tornar editor da "Vanity Fair", em 1992, afirmou que o britânico era um "homem de apetite insaciável - para cigarros, para scotch, para boa escrita, e acima de tudo, para conversas". "Você seria duramente pressionado para encontrar um escritor que juntasse o volume de colunas requintadamente trabalhadas, ensaios, artigos e livros que ele produziu nas últimas quatro décadas", escreveu Carter. O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, que trabalhou para Hitchens como estagiário, afirmou que o escritor era "tudo o que um grande ensaísta deve ser: irritante, brilhante, altamente provocador e, ao mesmo tempo, intensamente sério". "Sua falta será muito sentida por todos os que valorizam fortes opiniões e ótima escrita", acrescentou Clegg.
Em 2007 Hitchens concedeu uma entrevista no Brasil para a Globonews que pode ser assistida aqui

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