terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Preconceito linguístico

Um dos debates mais quentes do ano foi sobre um livro didático acusado de ensinar regras de português erradas (na verdade, ninguém leu o livro; foram lidas algumas frases soltas de uma das páginas de um dos capítulos). A acusação mereceu diversas manifestações de especialistas, que tentaram mostrar que uma língua é um fenômeno mais complexo do que parece ser quando apresentada apenas em termos prescritivos.
Um dos pequenos avanços da mídia (que, no quesito, representa grande parte da sociedade instruída) foi reconhecer que as teorias e as pesquisas linguísticas têm legitimidade. Mas acha que devem restringir-se à universidade. Para um linguista, tal posição equivale a sustentar que só se deve ensinar reprodução na universidade. Até o fim do colegial, deve-se ensinar aos alunos que as crianças são trazidas pela cegonha.
Um dos itens do debate foi o preconceito linguístico; questionou-se sua existência. Chegou-se a afirmar que a “defesa” de traços da fala popular produziria como um dos efeitos um preconceito às avessas, contra os que falam corretamente. Foi uma das leituras mais desastrosas que a mídia conseguiu fazer da questão.
O que seria o tal preconceito linguístico? Ele existe? Se sim, qual a sua natureza? Se deve ser combatido, como todos os preconceitos, quais deveriam ser as armas de combate? Para ler o texto completo de Sírio Possenti clique aqui

0 comentários:

  © Blogger template 'Solitude' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP