quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A culpa é das finanças?

Fala-se muito em crise do capitalismo financeiro. A narrativa é mais ou menos assim:
Os culpados principais da crise foram bancos internacionais e grupos de investimento, os grandes players que jogam com a riqueza mundial. Ao longo da última década, extrapolaram todos os limites da cobiça para realizar uma falsa multiplicação dos pães. Mirabolaram produtos financeiros, os derivativos, com o que criaram valor onde não havia nada. Como esse ouro de tolos, incharam bolhas especulativas, descoladas da economia real — fantasiosas e insustentáveis. Sem ser eleitos por ninguém, jogaram muito alto e sem nenhuma garantia com o dinheiro alheio. Aproveitaram-se da desregulamentação do setor e fizeram refém os governos nacionais, incapazes de conter a luxúria por lucros fabulosos — ou talvez cúmplices da brincadeira. Banqueiros, financistas, acionistas e executivos deitaram e rolaram em cima da economia mundial por anos e agora todos pagamos o pato, enquanto os verdadeiros culpados são salvos com o dinheiro público e ainda posam de popstar. Não admira que o movimento Occupy nos Estados Unidos tenha começado por Wall Street.
É o que temos ouvido todos os dias, mas não é bem assim.
Para ler o artigo completo de Bruno Cava, clique aqui

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